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27 de maio de 2016

Conceito amassado, engolido, vomitado novinho em folha como analogia.

A ideia da estátua viva é engraçada. Viva mas parada. Viva mas sem expressão, sem movimento, sem respiração. 
Olha, ela se mexeu. SE MEXEU. 
Não vale a minha moeda de cinco centavos no bolso, não sabe fazer o trabalho direito. Não sabe ficar parado a estátua VIVA. Vivíssima. 
Encenação sem ouro.
O que será dessa estátua viva sem nome? Desconhecida. O amor da sua vida passa mas ela está lá, parada, fazendo seu trabalho, vivendo o não movimento. NÃO SE MOVA, estátua viva. 
Quem sabe ele um dia volta, no momento da respiração, e a agarre pelos braços e juntos felizes para sempre? 
JAMAIS. 
A estátua viva é parada, o cerne dos cinco centavos a cada meia hora. Do sol escaldante junto da maquiagem pesada, que resultam em manchas pela pele. Manchas, marcas, resquícios do passado que não vive, só passa, mas ela está viva. VIVÍSSIMA.
É ESTÁTUA VIVA, MINHA GENTE. Estátua viva, que morre aos poucos, parada, e culpando os outros e que vive dos outros, que se veste todos os dias esperando um milagre que não vem nem aos poucos. 
Estátua viva que morre, sem dar um passo, sem dar um sorriso, sem arriscar um movimento. 
Estátua viva sem vida. Estátua eu. Estátua você. Morre aos poucos sem viver. 

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